ECONOMIA

Sudoeste paranaense é um importante polo de moda masculina do País

 

São 212 confecções espalhadas pela região e que empregam cerca de 7,5 mil pessoas. As empresas do segmento estão distribuídas por 42 municípios, sendo que Ampére é o que concentra o maior número de indústrias e funcionários.
Sai do Sudoeste do Paraná a maior parte das roupas masculinas confeccionadas no Brasil. A região concentra 212 empresas de confecção, sendo que 95% delas produzem moda masculina casual, social e jeans. Dando continuidade à série de que apresenta empresas e produtos paranaenses dentro do projeto Feito no Paraná, vamos conhecer um pouco mais sobre o polo têxtil do Sudoeste do Estado.
De acordo com Solange Stein, secretária-executiva do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Sudoeste do Paraná (Sinvespar) e coordenadora de programas e projetos de moda masculina do Sudoeste, as empresas do segmento estão distribuídas por 42 municípios, sendo que Ampére é o que concentra o maior número de indústrias e funcionários.
A Krindges é uma delas. Pioneira na região, fundada há 43 anos, foi quem deu início ao processo de industrialização de Ampére e redondezas. Hoje, com 850 funcionários, é a maior empregadora do município e uma das mais importantes produtoras de roupas masculinas do país.
Leonardo Fistarol Krindges, CEO da empresa, explica que, aos poucos, as vendas estão voltando a ganhar força. No início da pandemia, a empresa usou a capacidade instalada para fabricar jalecos e máscaras. A demanda garantiu o emprego de todos os funcionários da Krindges e ainda permitiu novas contratações.
“Já retomamos nossa produção normal. Produzimos aqui 150 mil peças por mês para três marcas próprias: Docthos, Guilherme Soul e Private Label”, diz. Além disso, a fábrica produz peças para outras marcas como Reserva, Foxton e Renner.
PANDEMIA – Perto dali, em Francisco Beltrão, está localizada a Raffer, outra empresa tradicional na produção de moda masculina. Especializada no segmento de moda social e alfaiataria de alto padrão, a empresa sentiu com mais força as consequências da pandemia.
De acordo com Claudemir Bordignon, diretor comercial da empresa, o segmento em que atuam acabou sendo diretamente atingido, com a suspensão de festas e eventos. “Nos primeiros meses, ajustamos a fábrica para produzir outros produtos, como máscaras e jalecos. Mas, agora, aos poucos a demanda está sendo retomada”, afirma.
Com 43 anos de história, a Raffer omeçou como uma pequena alfaiataria e foi crescendo. Hoje, a empresa tem área de 15 mil metros quadrados e emprega 300 pessoas.
Para Bordignon, a maior parte das pessoas não faz ideia de onde vem o produto que estão consumindo. “Muitos clientes consomem nossos produtos sem saber que são feitos no Paraná. Divulgar a produção do estado é muito importante”, afirma.
ESPECIALIDADES –  De acordo com Solange, do Sinvespar, o Sudoeste se subdivide por especialidades na área têxtil. “Temos vários nichos na região. A área de Santo Antônio do Sudoeste, por exemplo, é a que mais produz, com quase 30 empresas especializadas em calças. A região de Francisco Beltrão concentra produtores de ternos e Dois Vizinhos concentra principalmente fábricas de jeans”, explica.  -AEN

 

Redação

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