POLÍTICA

Otan não enviará tropas para lutar ao lado dos ucranianos

A declaração é do secretário-geral da organização Jens Stoltenberg
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, voltou a afirma que os 30 países que integram a aliança militar multinacional condenam o ataque russo à Ucrânia, mas que a organização não enviará tropas para lutar ao lado das forças de resistência ucranianas. A Ucrânia não faz parte da Otan, embora seja considerada um país-parceiro e, há anos, venha sinalizando a intenção de participar da aliança – movimento combatido pelo governo russo, que teme o aumento da influência dos Estados Unidos no leste europeu.
“Os [países] aliados da Otan fornecem diferentes tipos de apoio militar [ao governo ucraniano]: material, armas antitanque, sistemas de defesa aérea e outros tipos de equipamento militar, além de ajuda humanitária e também apoio financeiro, mas a Otan não deve fazer parte do conflito e não enviará tropas ou aviões para a Ucrânia”, disse o secretário-geral, esta manhã, após visitar uma base aérea polonesa na companhia do presidente da Polônia, Andrzej Duda.
Stoltenberg disse que o presidente russo Vladimir Putin “destruiu a paz na Europa” ao atacar a Ucrânia de forma “inaceitável”, e que, por isto, a Otan acionou, pela primeira na história, sua Força de Resposta militar, cujo efetivo já está sendo mobilizado por terra, mar e ar.
“A guerra de Putin afeta a todos nós. E os Aliados da Otan estarão sempre juntos. Para defender e proteger uns aos outros”, disse o secretário-geral, citando a presença de jatos de combate dos Estados Unidos na base aérea polonesa de Lask e a iminente chegada de tropas francesas à Romênia.
“Protegeremos e defenderemos cada centímetro do território da Otan”, acrescentou Stoltenberg. “Mas não buscamos o conflito com a Rússia, que deve parar imediatamente a guerra, retirar todas as suas forças [militares] da Ucrânia e se engajar de boa fé nos esforços diplomáticos.”
Ao responder às perguntas de jornalistas presentes na base aérea de Lask, o presidente polonês Andrzej Duda reforçou a fala de Stoltenberg, assegurando que mesmo que países-membros da Otan forneçam apoio humanitário ou militar à Ucrânia, a organização, institucionalmente, não tomou parte no conflito. “Como o secretário-geral disse, não estamos enviando jatos para a Ucrânia pois isto configuraria uma interferência militar no conflito ucraniano. A Otan não é parte nesse conflito. No entanto, a Polônia está apoiando os ucranianos com ajuda humanitária.” -Agência Brasil
ONU pede que países ajudem vítimas da guerra na Ucrânia
Total de pessoas afetadas pelo conflito é crescente

 

Para socorrer famílias que fogem dos ataques russos na Ucrânia, as Nações Unidas lançam dois apelos humanitários coordenados. Segundo o secretário-geral, Antônio Guterres, um dos apelos tem como meta angariar fundos para ajudar a população que continua na Ucrânia e o outro busca o atendimento das necessidades dos que procuram refúgio em nações da região. 
Guterres lembrou que a ONU já repassou US$ 20 milhões do seu Fundo Central de Resposta a Emergências para a ampliação dos trabalhos humanitários. Segundo explicou, a comunidade internacional precisa se mobilizar para apoiar e financiar os apelos. Ele lembrou que o número de pessoas afetadas pela guerra continuará subindo. Os recursos servirão para que as agências humanitárias consigam “tratar todas as necessidades dos deslocados pela crise”.
Hospitais atacados
Catherine Russell, diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), disse que a agência está recebendo relatos de “hospitais, escolas e instalações de água e saneamento” sob fogo na Ucrânia, com explosivos sendo lançados em áreas povoadas.
Segundo ela, há crianças entre os mortos e feridos, sendo que as sobreviventes estão traumatizadas pela onda de violência. Russell reforçou o apelo internacional para o fim de todas as operações militares na Ucrânia.  -Agência Brasil

 

Redação

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