ECONOMIA

IGP-10 varia 0,52% em novembro de 2023

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,52% em novembro, repetindo a taxa do mês anterior. Com esse resultado, o índice acumula variação de -4,16% no ano e de -3,81% em 12 meses. Em novembro de 2022, o índice caíra 0,59% no mês e acumulava elevação de 5,55% em 12 meses.
“Apesar da estabilidade em sua taxa de variação, o índice ao produtor registrou avanço nos preços dos produtos agropecuários (de -1,41% para 0,65%) e desaceleração nos produtos industriais (de 1,34% para 0,58%). Na esfera agrícola, observou-se crescimento nas taxas de variação das lavouras temporárias (de -0,40% para 0,35%), lavouras permanentes (de -2,06% para 1,74%) e pecuária (de -3,13% para 0,90%). Esses movimentos explicam a aceleração da taxa no grupo Alimentação (de -0,61% para 0,40%) componente do Índice de Preços ao Consumidor”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Qual o valor do IGP-10 acumulado em 12 meses?
Com esse resultado, o índice acumula variação de -4,16% no ano e de -3,81% em 12 meses.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,60% em novembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,61%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,04% em outubro para 0,13% em novembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -5,20% para 0,81%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,27% em novembro. No mês anterior, a taxa subiu 0,36%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,99% em outubro para 0,97% em novembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 4,32% para 2,62%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,65% em novembro, ante 0,37%, no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,84% em outubro para 0,65% em novembro. As principais contribuições para o recuo da taxa do grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (7,31% para 0,82%), cana-de-açúcar (2,48% para 0,23%) e arroz em casca (5,88% para 2,35%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: bovinos (-0,16% para 6,34%), mandioca/aipim (-5,38% para 5,50%) e café em grão (-1,48% para 3,57%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,39% em novembro. Em outubro, o índice variara 0,25%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (-0,61% para 0,40%), Educação, Leitura e Recreação (2,10% para 2,93%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,02% para 0,44%), Vestuário (0,04% para 0,22%) e Despesas Diversas (0,00% para 0,13%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (-3,23% para 4,51%), passagem aérea (13,96% para 17,37%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,77% para 0,77%), tecidos e armarinho (-0,08% para 0,36%) e alimentos para animais domésticos (-0,12% pra 1,41%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,44% para -0,21%), Habitação (0,39% para -0,06%) e Comunicação (0,09% para -0,06%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (0,89% para -1,48%), aluguel residencial (1,23% para -0,96%) e tarifa de telefone residencial (0,00% para -0,44%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,18% em novembro. No mês anterior, a taxa foi de 0,36%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,25% para 0,00%), Serviços (0,88% para 0,23%) e Mão de Obra (0,43% para 0,42%). 
O resultado completo está disponível no site.
O que é o IGP-10?
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Registra a inflação de todos os segmentos desde matérias-primas agrícolas e industriais utilizadas pelos produtores até bens e serviços finais demandados pelos consumidores.
Como é calculado?
O índice mede a evolução dos preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é uma média ponderada de outros três índices:
  • IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10), com peso aproximado de 60%;
  • IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), com peso aproximado de 30%;
  • INCC-10 (Índice Nacional de Custo da Construção – 10), com peso aproximado de 10%.
Quais as diferenças entre o IGP-10, INCC-M e IGP-M?
O IGP-10 e o IGP-M são essencialmente o mesmo índice, sendo diferenciados apenas pelo período de apuração da variação de preços: enquanto o IGP-10 apura as variações entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual, o IGP-M apura entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual. Já o INCC-M é um componente do IGP-M, do mesmo modo que o INCC-10 é componente do IGP-10.
Qual o público-alvo?
Como o IGP-10 é um índice múltiplo, seus componentes possuem públicos-alvo diferentes: o IPA-10 abrange os produtores dos setores agropecuário e da indústria de transformação; o IPC-10 abrange a cesta das famílias com renda de 1 a 33 salários-mínimos; e o INCC-10 abrange o setor da construção de imóveis residenciais.

– Fundação Getúlio Vargas

Redação

Portal Brasil Empresarial: Notícias sobre a economia, o Brasil, empresas e empreendedores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *