SAÚDE

Exames de rotina ajudam a manter a saúde em dia

Manter os exames em dia é fundamental para avaliar e entender o estado atual de saúde da população. Além disso, eles ajudam a detectar precocemente doenças, aumentando as chances de tratamento e garantindo a qualidade de vida.
Também conhecidos como check-ups, os exames de rotina envolvem alguns procedimentos que visam diagnosticar o bom funcionamento do sistema e a saudabilidade do corpo, é o que afirma o especialista em bacteriologia e diretor técnico do Laboratório de Análises Clínicas, LANAC, Marcos Kozlowski. “Muitas pessoas acham que os exames de rotina são recomendados apenas para pessoas mais velhas ou para quem tem doença crônica ou algum tipo de condição específica, mas a verdade é que os check-ups são fundamentais para um efetivo acompanhamento de saúde de qualquer pessoa, oferecendo tranquilidade, segurança e qualidade de vida a toda a população”, conta o especialista.
Kozlowski explica que os exames podem ser clínicos, de imagem ou laboratoriais, conferindo um monitoramento das condições do indivíduo e identificando possíveis patologias silenciosas, mas que podem se tornar mais graves com o passar do tempo ou quando os sintomas começarem a se manifestar. “A frequência dos exames de rotina deve ser determinada pelo médico responsável, que irá considerar o histórico do paciente, antecedentes de doenças na família, características próprias, possíveis queixas, entre outros detalhes que irão indicar quais exames devem ser feitos”, conta.
Exames de sangue de rotina que são fundamentais para manter a saúde em dia:
Hemograma: a finalidade é avaliar a qualidade e a quantidade de glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos e plaquetas presentes na corrente sanguínea. A análise das hemácias pode identificar problemas como anemias, o das plaquetas indica possíveis disfunções de coagulação. Já no caso dos leucócitos o objetivo é identificar alergias, infecções e até câncer.
Colesterol total e frações: também conhecido como lipidograma, é o exame de sangue capaz de determinar a quantidade de lipídios na circulação sanguínea. Os lipídios são moléculas de gordura, como LDL, HDL, VLDL e triglicerídeos, que quando estão em valores fora do normal, representam um grande risco para desenvolver doenças cardiovasculares, como angina, infarto, AVC ou trombose venosa, por exemplo.
Glicemia: Realizado para mensurar a quantidade de glicose (uma molécula resultante da quebra dos diferentes tipos de açúcar) no sangue. A glicemia alta está normalmente relacionada ao diabetes, mas pode estar relacionada a outros problemas de saúde como: sepse, infarto agudo do miocárdio, entre outras
PCR: é o exame que investiga sobre a proteína C-reativa, produzida pelo fígado e que se eleva significativamente na corrente sanguínea caso o corpo esteja passando por algum processo inflamatório ou infeccioso. Pode identificar inflamações, infecções, neoplasias, doenças reumáticas, cardiovasculares e traumatismos. Importante saber que o PCR não aponta exatamente onde está a infecção ou inflamação, porém ao identificar o seu aumento é sinal de alerta e de uma investigação mais apurada.
PSA:  é a sigla para antígeno prostático específico, que não pode estar muito elevado na corrente sanguínea. Indica possíveis casos de câncer de próstata ou mesmo alterações benignas na glândula, como crescimento favorecido pela idade ou inflamações. Deve ser feito anualmente em pessoas acima de 40 anos.
Ácido Úrico: está presente na corrente sanguínea como subproduto de algumas proteínas. Índices alterados de Ácido Úrico podem indicar riscos de hipertensão e doenças cardiovasculares, além de apontar também risco de gota, dores articulares, cálculo renal e insuficiência dos rins.
Dosagem de hormônios: mede as taxas dos hormônios TSH e T4 livre, ambos relacionados à tireoide. Alterações podem indicar problemas como hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Muito indicado para mulheres na menopausa, que estão mais sujeitas a distúrbios da tireoide.
Doenças sexualmente transmissíveis: devem ser realizados sempre que houver comportamentos de risco, considerando a janela imunológica para a condição, que é de 30 dias.
O especialista lembra também da importância de realizar periodicamente exames de urina e fezes. “Eles avaliam as características como pH, densidade e cor, além de dosar elementos como proteínas, glicose, hemácias e a eventual presença de bactérias. Podem identificar excesso de determinadas substâncias e possíveis riscos associados a elas, além de patologias como anemias, diabetes, infecções e até alguns tipos de câncer”, alerta. “Visitar o médico periodicamente e manter os exames em dia é fundamental para a manutenção da saúde em dia”, finaliza.

– Liberação de imprensa

Redação

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