ECONOMIA

Setor de serviços fecha 2019 com crescimento de 1%, primeira alta em cinco anos

O volume de serviços aumentou 1% em 2019, interrompendo uma sequência de quatro anos sem resultados positivos: 2015 (-3,6%), 2016 (-5,0%), 2017 (-2,8%) e 2018 (0%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O crescimento foi puxado principalmente pelo setor de informação e comunicação, que acumulou alta de 3,3% no ano.
Em 2018 nós tivemos uma estabilidade e agora temos uma volta ao campo positivo, lembrando que entre 2015 e 2017 tivemos uma perda acumulada de 11%, então essa alta é importante, mas ainda está longe de alcançar o melhor resultado no setor de serviços”, avalia o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Entre as atividades de informação e comunicação, a que mais influenciou o resultado positivo do ano foi o de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet.
Essa atividade inclui, por exemplo, as ferramentas de busca. Esse crescimento é justificado também pela forma em que essas multinacionais fazem propaganda nas mídias sociais, o que reflete no aumento da receita”, explica Lobo.
O gerente da pesquisa ainda evidencia que a atividade é um destaque também por apresentar um histórico de ganho de receitas, independentemente de crise no setor de prestação de serviços.
Uma atividade que esteve em queda no período foi o de transporte rodoviária de cargas, devido à queda de 1,1% do setor industrial, que influencia bastante essa atividade”, explica.
Outro destaque positivo foram serviços de locação de automóveis, que podem ser influenciados tanto pela mudança de comportamento do consumidor, que opta por não ter carro, quanto pelo aumento de motoristas de aplicativo, que alugam o veículo para trabalhar.
Volume de serviços cai 0,4% em dezembro
Já na passagem de novembro para dezembro, o volume de serviços variou -0,4%, a segunda queda consecutiva do setor. Três das cinco atividades investigadas apresentaram taxas negativas, com destaque para o setor de transportes e correio (-1,5%), pressionado principalmente pelo setor de transporte terrestre (-3,7%). Os outros recuos foram dos setores de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%) e de serviços prestados às famílias (-1,3%).
Outros serviços (3,4%) tiveram o resultado positivo mais expressivo, acumulando um crescimento de 5,6% nos últimos dois meses, enquanto os serviços de informação e comunicação (0,4%) recuperaram quase toda a queda observada no mês anterior (-0,6%).
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação acompanharam a variação negativa observada no Brasil na passagem de novembro para dezembro. Minas Gerais (-2,1%), Distrito Federal (-2,7%), Mato Grosso (-5,6%), Paraná (-1,3%) e Bahia (-2,3%) estão entre os locais que apontaram resultados negativos nesse mês. Já os principais resultados positivos vieram de São Paulo (0,4%) e Rio de Janeiro (0,7%).

IBGE

 

Redação

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