Pequenas e médias empresas brasileiras podem se beneficiar com exportações, aponta relatório da Secex e Sebrae
Exportações de pequenas e médias empresas podem trazer benefícios significativos para o Brasil, de acordo com um relatório divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Nesse cenário, empresas de pequeno porte podem usufruir de benefícios que recentemente se tornaram disponíveis para o segmento na hora de exportar, um deles é a modalidade do drawback, que é uma parceria com a Receita Federal para a importação com o objetivo de produção nacional com o objetivo de exportação.
O levantamento da Secex e Sebrae apontou que, das 10 empresas mercantis brasileiras que exportam, 4 são pequenos negócios, representando 40,8% dos exportadores nacionais. Em 2022, 11,4 mil empresas desse segmento exportaram US$ 3,2 bilhões, o que equivale a 0,9% do total das vendas externas brasileiras.
No entanto, o crescimento de pequenos negócios exportadores superou em três vezes o de médias e grandes empresas exportadoras entre os anos de 2008 e 2022. Enquanto as empresas médias e grandes cresceram 24,3%, os pequenos negócios exportadores cresceram 76,2%. O valor exportado pelos pequenos negócios cresceu 161,4%, enquanto o das médias e grandes empresas cresceu 70,1%.
Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada em comércio exterior, “Essas empresas são capazes de oferecer produtos diferenciados e com preços competitivos, além de promover a diversificação da pauta exportadora do Brasil. Vale-se destacar que esses empresários precisam estar de olho em benefícios que são fornecidos no comércio exterior, como é o caso do Drawback”.
O relatório também mostrou um crescimento expressivo no número de pequenos negócios exportadores, com destaque para os microempreendedores individuais (MEI), que apresentaram um aumento de 1.500% no período. As microempresas e empresas de pequeno porte também tiveram um crescimento significativo, com 229% e 134,5%, respectivamente.
“Os dados mostram que essas empresas estão ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional e gerando mais divisas para o país. Mas para que isso continue, medidas importantes como o drawback para pequenas e médias empresas devem permanecer e serem ampliadas, diminuindo principalmente a burocracia e facilitando o acesso para os empreendedores”, afirma. Ele ressalta ainda que o crescimento das exportações de pequenos negócios é um reflexo da qualidade dos produtos brasileiros, que são um diferencial quando tratamos de produtos provenientes de outros mercados.
Além do crescimento expressivo no número e no valor das exportações de pequenas e médias empresas brasileiras nos últimos anos, esses negócios também contam com benefícios e vantagens para acessar o mercado internacional. Entre eles, estão os incentivos fiscais, como o tratamento diferenciado para o ICMS e o IPI, que reduzem a carga tributária sobre as vendas externas.
Outro aspecto importante é a contribuição das pequenas e médias empresas para a economia nacional, já que elas representam 20% do PIB brasileiro e são responsáveis por gerar empregos e renda para a população. Por fim, exportar também traz benefícios para as próprias empresas, como o aumento de vendas, a melhoria da qualidade do produto, o acesso a novas tecnologias e a diminuição da dependência do mercado interno.
– Liberação da imprensa