MEMÓRIA BRASILEIRA

Naufrágio mais mortal no Mediterrâneo completa dez anos

No dia 18 de abril de 2015, a Europa testemunhou uma das maiores tragédias no Mar Mediterrâneo, quando mais de mil pessoas morreram ou desapareceram após um naufrágio.

O barco, com refugiados que tentavam chegar à Europa, virou entre a Líbia e a ilha de Lampedusa, na Itália. A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, revela que desde então, 34 mil pessoas morreram ou desapareceram enquanto tentavam chegar ao continente europeu pelo mar. Mas o número real pode ser muito maior.

Número de mortes continua alto
Dez anos depois, o Acnur pede um sistema robusto de resgate no mar, vias legais confiáveis ​​para chegar à Europa, além de ações abrangentes e decisivas para abordar as causas profundas que podem levar as pessoas a esse fim trágico.

Embora as chegadas por mar ao continente europeu tenham diminuído 24% em 2024, totalizando 200 mil indivíduos, o número de mortos e desaparecidos permaneceu alto.

De acordo com o Acnur, no ano passado, pelo menos 3,5 mil pessoas perderam a vida ou desapareceram nas diferentes rotas marítimas para Espanha, Itália, Malta, Grécia e Chipre, com números reais provavelmente muito maiores.

Os migrantes frequentemente atravessam o deserto da Líbia para chegar às rotas de contrabando pelo Mar Mediterrâneo

Busca por segurança
O diretor do Escritório do Acnur para a Europa, Philippe Leclerc, pede que os esforços sejam redobrados “para que outros não sejam obrigados a fazer travessias perigosas”.

Segundo a agência, sem alternativas, refugiados e migrantes continuarão a recorrer a viagens arriscadas. Conflitos persistentes e novos focos de violência continuam a forçar os refugiados a buscarem segurança longe de casa.

Dois anos após o início da guerra no Sudão, mais de 11 mil sudaneses fizeram a perigosa jornada para a Europa. Os cortes na ajuda global, que afetam o Sudão e os países vizinhos que acolhem refugiados, ameaçam agravar a situação, forçando as pessoas a se mudarem para mais longe em busca de sobrevivência e segurança.

Responsabilidades e solidariedade
O Acnur lembra que, uma década depois do grande naufrágio, alguns ganhos foram obtidos na recepção de requerentes de asilo na Europa.

Para a agência da ONU, soluções são possíveis, mas são necessárias ações abrangentes, direcionadas e coordenadas ao longo das rotas que refugiados e migrantes percorrem.

– ONU

Redação

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