ECONOMIA

Indústria puxa crescimento do emprego no Paraná em agosto

Pelo segundo mês seguido, setor foi o que mais criou vagas, 42% do saldo total de contratações no estado
Agosto foi um bom mês para a recuperação do mercado de trabalho no Paraná e no Brasil, segundo levantamento mensal do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Todos os setores da economia (indústria, construção civil, comércio, serviços e agropecuária) criaram mais vagas do que demitiram. No Paraná, foram 96.672 admissões e 79.611 demissões, com saldo geral de 17.061 novos postos de trabalho. Pelo segundo mês seguido, a indústria foi a principal responsável pelo crescimento dos empregos no estado, acumulou 42% do saldo geral de contratações no mês, sendo a quarta que mais contratou no mês em todo o país.
No Brasil, foram 93 mil novos postos de trabalho na indústria em agosto. São Paulo foi o estado que mais contratou, 23 mil, seguido por Santa Catarina (11.414); Minas Gerais (10.291) e Paraná. Das 24 atividades da indústria de transformação avaliadas pela Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia, 22 registraram dados positivos em agosto no Paraná, inclusive o setor automotivo, um dos mais afetados desde o início da pandemia. Foram 49 novos postos de trabalho criados. Das 7.133 novas vagas abertas pela indústria paranaense este mês, o segmento alimentício foi o que mais contratou, 1.288 trabalhadores. Seguido de perto pelo moveleiro (1.155); madeira (580); minerais não-metálicos (499); máquinas e equipamentos (463); fabricação de produtos de metal (454). As duas únicas atividades com queda foram fumo (-240) e petróleo (-8).
“Esses dados são mais um importante indicativo de que a indústria do Paraná está gradualmente retomando sua capacidade produtiva, impulsionada pelo aumento da demanda em decorrência da recuperação mais intensa da atividade econômica do país. A pandemia foi um fato completamente inesperado, que exigiu uma revisão de estratégia das indústrias, mas agora já se vislumbra um cenário mais positivo para o restante do ano”, afirma o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná, Carlos Valter Martins Pedro.
Um novo dado disponibilizado pelo Novo Caged traz os maiores empregadores do estado, mostrando os setores com maior quantidade de pessoas atuando na atividade industrial até agosto (estoque de trabalho). O setor de alimentos emprega 205 mil pessoas; vestuário e acessórios (45.973); moveleiro (35.716); automotivo (34.631); madeira (34.115); fabricação de produtos de metal (34 mil); e máquinas e equipamentos (30.873 trabalhadores).
Para o economista da Fiep, Evânio Felippe, os resultados de agosto são animadores, mas ainda não compensam as perdas acumuladas no período de abril e maio. “O mercado de trabalho é um grande sinalizador de que a atividade produtiva está voltando a se movimentar com maior vigor”, analisa. “Essa retomada do emprego é gradual e está atrelada ao retorno da normalidade. A boa notícia é que como a indústria do estado é uma atividade forte e diversificada, mesmo setores fortemente impactados pela pandemia conseguiram abrir vagas no mês passado, ou seja, há sinais de que o setor aos poucos vem retomando o ritmo e se movimentando com maior dinamismo a cada mês”, avalia.
Acumulado do ano
De janeiro a agosto, o Paraná fechou 16.843 vagas de trabalho. O comércio foi o setor que mais demitiu (-21.688), seguido por serviços (-17.530). Já a construção civil tem saldo positivo no ano de 12.536 vagas no Paraná, seguida pela (6.041); e agropecuária (3.798).
Na indústria de transformação, de janeiro a agosto, o setor de alimentos tem saldo positivo (9.380 vagas); seguido por madeira (1.012); moveleiro (1.007); fumo (766); borracha e material plástico (565); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (521). O destaque negativo este ano é o setor do vestuário, que fechou 4.841 postos de trabalho no estado, além de automotivo (-3.042); manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (-448); segmento gráfico (-439); e de bebidas (-387).

*Fiep

 

Redação

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