GERAL

Fobias: quando o medo pode se tornar um problema

 

Quando o medo e ansiedade acabam se tornando excessivos e persistentes é um forte indício do desenvolvimento de fobia, um tipo de transtorno de ansiedade generalizada. Um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o Brasil possui, se comparado a todos os outros países do mundo, o maior número de pessoas ansiosas. São 18,6 milhões de brasileiros que sofrem com algum tipo de transtorno de ansiedade.
A coordenadora do curso de psicologia da Universidade Pitágoras Unopar, Giuliana Carmo Temple, destaca que quando não tratada a fobia afeta diretamente a rotina e as relações do paciente, gerando limitações em todas as formas de convivência.
“As fobias podem estar ligadas à interação entre fatores genéticos e ambientais, condicionados a eventos negativos relacionados a uma situação ou objeto que alteram o funcionamento do cérebro. Outro ponto que pode desenvolver este problema são as experiências traumáticas vividas na infância. Por isso é mais comum crianças e jovens apresentarem esse tipo de transtorno”, diz.
Giuliana explica que medo e fobia são coisas distintas. “O medo é um sentimento básico do ser humano em situações de perigo ou ameaça, já a fobia é um mix de sentimento causados pelo excesso de ansiedade, fazendo com que o sujeito viva em estado de alerta gerando medo constante e incontrolável em determinadas situações que vão desde um simples pensamento até chegar a um fato concreto que leva a pessoa ao estado de pânico”, alerta a psicóloga.
Dados presentes no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), revelam que as pessoas que convivem com algum tipo de fobia são mais propensas a cometer suicídios. Entre as fobias mais comuns descritas estão: aerofobia (medo de andar de avião), aractonofobia (medo de aranha), claustrofobia (medo de lugares pequenos e fechado), catsaridafobia (medo de barata), fobia social (medo de relações humanas).
O tratamento de uma fobia deve ser iniciado após um diagnóstico minucioso, que abranja aspectos físicos, cognitivos e psicossociais. Segundo a psicóloga a avaliação é o ponto de partida para a escolha das técnicas mais eficazes para atender às necessidades específicas de cada paciente.
“Os principais tratamentos para esse tipo de transtorno vão desde terapia de maneira isolada até a combinação entre a terapia aliada a medicamentos em casos mais graves. Nesse processo, o papel do profissional, seja ele psicólogo ou psiquiatra é fazer com que a pessoa compreenda que é possível enfrentar seus medos e temores mais profundos para superar esse problema”, finaliza. -Unopar

Redação

Portal Brasil Empresarial: Notícias sobre a economia, o Brasil, empresas e empreendedores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *