Contratação de trabalhadores 50+ cresce quase três vezes mais que estoque geral de emprego
– Número de trabalhadores 50+ mais que dobrou (↑110,6%) em 15 anos, indo de 4,4 milhões em 2006 para 9,3 milhões em 2021;
– O estoque de emprego geral cresceu 38,6% nesse mesmo período;
– Em 2006, os 50+ eram 12,6% do estoque geral de empregos; em 2021, eram 19,1% (↑51,6% na participação no total de trabalhadores);
– A população 50+ aumentou 63,2% nesse mesmo período;
– Em 2006, os 50+ eram 18,2% da população geral; em 2021, eram 26% (↑43% na participação na população brasileira);
– Trabalhadores 50+ com mais escolaridade têm mais espaço: 38% dos postos ocupados são por pessoas com ensino médio completo e 24,6% com superior completo;
– Maiores médias salariais dos 50+ estão na indústria.
O número de trabalhadores com mais de 50 anos no Brasil mais do que dobrou em 15 anos, indo de 4,4 milhões em 2006 para 9,3 milhões em 2021 – aumento de 110,6%. O estoque de emprego formal geral, nesse mesmo período, cresceu 38,6%. Isso significa que o ritmo de crescimento dos 50+ é quase três vezes maior que o geral.
Em 2006, os profissionais 50+ ocupavam 12,6% do total de vagas; e, em 2021, eles já eram 19,1%. Portanto, a participação desse grupo no estoque de emprego formal cresceu 51,6% nessa década e meia.
O levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) revela que o mercado de trabalho está seguindo uma tendência, irreversível, de envelhecimento da população.
“Essa é uma espécie de ‘mapa dos trabalhadores 50+ no Brasil’, importante para entendermos o impacto da transição demográfica no mercado de trabalho, o que vem ocorrendo de maneira acelerada. Outro dado que chama atenção é o maior aumento nas vagas para os níveis de maior escolaridade, o que comprova que quem parar de estudar vai ficar para trás”, alerta o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
Ainda segundo Lucchesi, esse é um cenário que precisa ser considerado na elaboração e implementação de políticas educacionais e de emprego. “Requalificação é palavra-chave. Nos diferentes países, surgem iniciativas do governo, das empresas e de instituições de ensino, envolvendo estratégias para atualizar os profissionais ou mesmo recolocá-los no mercado”.
– CNI