CONDIÇÕES DO CRÉDITO PARA EMPRESAS VÃO MELHORAR
Com sinais de ligeira melhora na economia, inflação e Selic menor, as condições ao crédito deve facilitar nos próximos meses o acesso das empresas que precisam sobreviver e expandir seus negócios.
Na avaliação de diretor de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira, conforme publicado em fevereiro no blog de notícias, Arena do Pavini, os sinais mais positivos da economia com inflação e juros (Selic) baixos, crescimento econômico estimado entre 2,50% e 3% para este ano, recuperação nos índices de emprego e menores riscos de inadimplência tendem a tornar os bancos menos restritivos e seletivos no crédito. Assim, diferentemente do que fizeram nestes últimos três anos, eles passariam a buscar mais intensamente clientes para emprestar.
Para ele, a recuperação dos níveis de emprego e renda vai possibilitar às empresas venderem mais, o que demandará mais crédito, tanto das pessoas físicas para consumo como das pessoas jurídicas para produção. “Neste ambiente de melhora do quadro econômico, cai o risco da inadimplência, que é outro fator que estimula os bancos a emprestarem”.
Dora Cudischevitch, Gestora de Crédito da empresa Previa Fomento Mercantil, em entrevista concedida ao Portal Pme News, também está confiante e sinaliza que o cenário na área de crédito para esse ano será positivo.
A gestora acredita que esse ano deve ser de recuperação lenta e gradual. “Ficamos no aguardo do desenrolar das demais reformas como da previdência e tributária para vislumbrar um futuro com uma recuperação mais robusta, sustentável e duradoura”.
Dora aponta o tempo de fundação, empresas com algum tipo de negativação e o valor de faturamento, como as principais dificuldades encontradas pelas empresas, com destaque as de pequeno porte, em conseguir uma liberação de crédito.
Para ela a dificuldade do acesso ao crédito também se deve a falha da administração financeira de boa parte das empresas.
“Dentre os equívocos mais frequentes que observamos na administração financeira de PME estão: a formação de custos, a formação de preço de venda, descasamento entre prazo de compras e prazos de vendas, o cálculo da necessidade de capital de giro, a confusão provocada pela mistura de despesas pessoais e familiares com o caixa da empresa e, finalmente, o erro mais frequente, que é a tomada de recursos de curto prazo para investimentos de longo prazo”.