Concurso para estudantes universitários brasileiros promove prevenção da sífilis
Trabalhos vencedores serão distribuídos em rádios nacionais; casos de sífilis adquirida aumentaram mais de 28% entre 2017 e 2018 no Brasil; em grávidas, infecção pode causar aborto, prematuridade e malformação do feto.
Estudantes de universidades públicas brasileiras das áreas de comunicação e saúde podem se inscrever até 31 de dezembro em um concurso de comunicação para rádio sobre prevenção da sífilis.
A iniciativa é organizada pela Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, e a Ministério da Saúde. Três trabalhos vencedores serão distribuídos em rádios nacionais e autores terão custos pagos para participar em congresso em Belém, no Pará.
Concurso
Segundo o regulamento, podem se inscrever estudantes universitários de graduação, mestrado ou doutorado, individualmente ou em grupos com um máximo de 10 participantes.
As propostas devem ser enviadas em conjunto com um professor e podem ser apresentadas em três formatos: spot com até 30 segundos de duração, podcast com um tempo máximo de 20 minutos e reportagem com até três minutos.
O conteúdo pode abordar qualquer tema relacionado à sífilis, como prevenção, tratamento, diagnóstico e educação entre pares, por exemplo. O público-alvo são mulheres grávidas e parceiros sexuais.
Vencedores
O processo de seleção terá três fases.
Primeiro, uma comissão analisará as propostas. Depois, um grupo de convidados e parceiros avaliará com base nos critérios de clareza, qualidade, inovação e criatividade. Por fim, um júri de formadores de opinião selecionará os três trabalhos vencedores. O resultado final será divulgado em 10 de março de 2020.
Os nove melhores conteúdos serão disponibilizados no site do Laboratório de Inovação da Gestão do Sistema Único de Saúde, no site da Opas/OMS no Brasil e no site do Ministério da Saúde.
Já os três trabalhos vencedores, serão distribuídos em rádios nacionais, estaduais e municipais. Além disso, o autor ou grupo de autores terá os custos pagos para apresentar os trabalhos em um congresso e exposição que acontece em Belém, no Pará, em 2020.
Segundo a Opas, a iniciativa “busca identificar, dar visibilidade, reconhecer e promover iniciativas de estudantes para fortalecer a comunicação e a educação em saúde no contexto do enfrentamento à sífilis em todo o país.”
Aumento
A sífilis é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo.
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, em 2018, foram notificados cerca de 158 mil casos de sífilis adquirida. A situação que ocorre quando o vírus é contraído durante relações sexuais teve um aumento de mais de 28% em relação ao ano anterior.
Quanto à sífilis congênita, quando transmitida da mãe para a criança durante a gestação ou parto, a transmissão passou de 2,4 casos por cada mil nascimentos em 2010 para nove casos em cada mil em 2018.
A sífilis pode causar complicações se não for tratada. Em grávidas, a infecção pode causar aborto, prematuridade, malformação do feto.
ONU