Atitudes simples podem fazer grande diferença no meio ambiente
A pesquisa identificou que a atitude ambiental adequada mais seguida pelos consumidores é a reutilização ou troca.
Ao longo dos últimos anos, as estruturas de negócios evoluíram muito e as empresas passaram a apostar em modelos de gestão mais sustentáveis. As preocupações de hoje vão muito além da geração de lucros.
No Brasil o consumidor reconhece que as atitudes cotidianas ligadas ao consumo são importantes para a vida em sociedade, mas nem todos praticam, individualmente, ações neste sentido, informa Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).
O indicador do SPC Brasil avaliou uma série de questões sobre os hábitos e os comportamentos que fazem parte da rotina dos brasileiros e concluiu que somente 69,3% destas ações são classificadas como conscientes.
O estudo segmenta os consumidores em três categorias, de acordo com a intensidade da prática dos comportamentos considerados adequados: – consumidores conscientes – que apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80%; consumidores em transição, cuja frequência varia entre 60% e 80% de atitudes adequadas e consumidores nada ou pouco conscientes, quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%. A pesquisa conclui, portanto, que o consumidor brasileiro é, em média, um consumidor em transição.
Para as ações relacionadas à responsabilidade ambiental do consumidor, o indicador atingiu 71,7% de atitudes adequadas, enquanto as práticas financeiras e de engajamento social, foram um pouco mais baixas, chegando a 68,0% e 68,1% de ações corretas, respectivamente.•.
Segundo Vininha F. Carvalho, a pesquisa identificou que a atitude ambiental adequada mais seguida pelos consumidores é a reutilização ou troca: 83,5% garantem que antes de jogar fora um produto que não querem mais, procuram doá-lo ou mesmo trocá-lo com alguém. Além disso, praticamente oito em cada dez consumidores ouvidos (77,7%) afirmam evitar o uso indiscriminado da impressora, enquanto 76,4% dizem não utilizar o carro para pequenos deslocamentos.
Já entre as ações menos adotadas, do ponto de vista da sustentabilidade, está a reciclagem do lixo: apenas um pouco mais que a metade (53,2%) dos consumidores ouvidos separa o lixo doméstico para a coleta seletiva. Também é significativamente menor a parcela dos que atentam para aspectos que envolvem a idoneidade da empresa: cinco em cada dez (50,7%) brasileiros disseram analisar as práticas adotadas pela empresa em relação ao meio ambiente ou à sociedade antes de fazer uma compra.•.
Diante do comportamento predominantemente inconstante do brasileiro, que ora pratica ações adequadas e ora deixa de agir de modo consciente, o SPC Brasil procurou entender o que impede as pessoas de tomarem atitudes responsáveis com relação ao consumo. A justificativa mais citada pelos consumidores entrevistados é a falta de tempo (26,5%), principalmente entre os homens (30,3%) e os mais jovens (36,7%). Logo depois vem a distração ou esquecimento (25,4%), que também é mais frequente entre a parcela masculina de entrevistados (29,9%) e pessoas mais jovens (34%).•.
A nossa lei maior, a Constituição Federal de 1988 no capitulo que tratada ordem econômica e financeira deixa claro (art. 170, VI) que a defesa do meio ambiente é um princípio da ordem econômica, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
“O cumprimento da legislação ambiental e desenvolvimento da atividade econômica seguindo as regras ambientais devem ser visto não somente como um custo, mas como um investimento acima de tudo”, salienta Vininha F. Carvalho. •
A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, logística reversa, valorização dos resíduos e incentivos para reciclagem, é um movimento crescente na sociedade para transformar a questão ambiental numa oportunidade de negócios. Elementos essenciais para que possamos trilhar o caminho do crescimento em harmonia com a proteção do meio ambiente.
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