Após acordo com a união europeia, vinho pode ficar até 30% mais barato no brasil
Para o brasileiro que ama vinhos é uma notícia muito boa. Atualmente, o vinho, assim como acontece com a maioria das bebidas destiladas, sofre um impacto de cerca de 70% em seu preço final
O pensamento de uma grande aldeia global é sedutor em muitos aspectos. Apesar das dificuldades de trazê-lo à prática, a formação de blocos de países com interesses econômicos e culturais comuns foi um passo significativo.
Seguindo essa tendência, movimento óbvio é a formação de alianças entre esses blocos de formas vantajosas aos seus signatários.
Voltando a falar em prática, aliás é isso que realmente importa, o acordo de livre comércio firmado em junho entre a União Europeia e o Mercosul estabelece, entre tantas intenções, uma drástica redução nos impostos que incidem sobre os produtos produzidos no velho mundo.
O efeito dessa iniciativa é a criação de uma “via de rolagem” que permitirá mais fluidez na entrada de produtos europeus nos países do Mercosul, sobretudo no aspecto da redução dos preços, então majorados pelas pesadas cargas tributárias vigentes nas práticas de importação.
E o vinho com isso?
Para o brasileiro que ama vinhos é uma notícia muito boa. Atualmente, o vinho, assim como acontece com a maioria das bebidas destiladas, sofre um impacto de cerca de 70% em seu preço final, em derivação de impostos incidentes e tarifas operacionais na composição de seus custos. Com o acordo firmado entre a UE e o Mercosul, os vinhos europeus chegarão ao Brasil até 30% mais baratos.
Nos termos do acordo, a intenção é que as tarifas incidentais sobre a importação de vinhos produzidos nos países que participam da UE sejam zeradas, resultando na redução do preço final em até 30%. O prazo estabelecido pelo acordo prevê um limite de 12 anos para que essa meta seja cumprida.
Uma redução tão expressiva nos preços de vinhos europeus deverá proporcionar ao consumidor brasileiro um bom estímulo para aumentar, no país, a presença de vinhos de países como França, Espanha e Itália, importantes produtores de vinhos que participam do bloco europeu em que serão beneficiados pelo acordo em referência.
Os vinhos portugueses
Portugal é um dos países que mais têm crescido na exportação de vinhos para os mais importantes mercados consumidores do mundo. E, não raro, tem realizado inúmeras iniciativas para promover os vinhos produzidos em suas regiões e aumentar sua participação no mercado brasileiro.
O consumidor brasileiro que, por sua vez, vem se despertando gradualmente para a cultura do vinho, vem, em igual medida, conhecendo e valorizando a qualidade dos vinhos de Portugal. E, certamente, a redução no preço do vinho português, em razão desse acordo, estimulará o conhecimento de vinhos de diferentes categorias, regiões, e até produtores que dificilmente chegavam ao Brasil.
Portugal é responsável por uma imensa variedade de vinhos produzidos em seu território, resultante do cultivo de uma quantidade incomum de uvas nativas (autóctones), mais de 280 ao todo, aliado à tradição histórica da produção portuguesa de vinhos.
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