A chegada da televisão colorida ao Brasil em 1972
A TV colorida chegou quando o Brasil era governado por militares, e vivia o chamado “milagre brasileiro”, prosperidade econômica que acabaria em 1973, com a crise mundial do petróleo.
O governo do general Emílio Garrastazu Médici procurou associar a chegada da televisão colorida ao clima de progresso econômico do país, transformando a inauguração na Festa da Uva de Caxias do Sul, sua terra natal, em um grande acontecimento, com transmissão nacional.
A televisão colorida chegou no dia 19 de fevereiro de 1972, e marcou a abertura da Festa da Uva de Caxias do Sul, terra do Presidente da época, General Garrastazu Médici.
Uma curiosidade: Como a copa de 1970 foi gravada no exterior, já no sistema colorido, e muitas vezes esta gravação foi mostrada posteriormente com trechos em reprise, ainda há quem acredite que a copa foi transmitida em cores, no ano de 1970, o que não aconteceu. Apenas no exterior, em países mais desenvolvidos, a transmissão foi em cores. Os equipamentos coloridos para as emissoras brasileiras só chegaram após a autorização do Governo Federal.
E mesmo após o dia marcado para o início das transmissões pelo governo, em 19 de fevereiro de 1972, poucos programas eram coloridos. A compra de novos telecines, câmeras, transmissores e equipamentos de vídeo tape eram caros. Um exemplo foi a primeira novela colorida, “O Bem Amado”, que só entrou no ar pela Rede Globo quase um ano depois da data oficial do início do sistema em cores. A novela começou em janeiro de 1973.
Veja acima a gravação do primeiro programa colorido da NBC, nos Estados Unidos, em 1958. O início é em preto e branco, e depois o sistema colorido é acionado. O então presidente Eisenhower participa do evento.
Veja uma reportagem relembrando os primeiros programas coloridos da tv, a partir de fevereiro de 1972.
Antiga câmera da Rede Tupi.
Plástico em três cores vendido antes da televisão colorida.
Se você se interessa pelo assunto, clique aqui para conhecer o grupo “Memória da Televisão no Brasil”.
– Memória Brasil