ECONOMIA

Como economizar energia no inverno sem abrir mão de chuveiros quentes

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária da conta de energia do mês de maio será verde, ou seja, não haverá cobranças adicionais. No entanto, mesmo com a previsão de ficar mais barata para o consumidor, a conta de luz do Brasil ainda é a 2.º mais cara do mundo, ficando atrás apenas da Colômbia, de acordo com uma pesquisa divulgada em 2022 pela plataforma Cupom Válido, a partir de dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).  Em seguida, vem a Turquia (3º), Chile (4°), e Portugal (5°). Segundo a pesquisa, nos últimos cinco anos, o custo da energia elétrica no país aumentou 74%.
Com a chegada do inverno e as quedas nas temperaturas, alguns produtos começam a sair do armário, como o aquecedor elétrico, e também passamos a tomar banhos quentes com mais frequência. O que muitos consumidores não sabem é que esses aparelhos estão entre os principais vilões das residências quando o assunto é conta de energia elétrica.
“Em função da chegada da estação mais fria do ano, produtos como a torneira elétrica e o chuveiro elétrico, são alterados para a posição “Inverno”, para proporcionar maior conforto para o usuário. Outros têm sua utilização intensificada, como a máquina de lavar roupas, pois utilizamos mais roupas no inverno, e também o microondas, pois no inverno as pessoas consomem normalmente alimentos mais quentes”, explica Wagner Sousa, Gerente Comercial da Andra Materiais Elétricos da unidade de São José dos Pinhais (PR) e especialista em economia de energia.
Como funciona o cálculo de energia desses aparelhos?
Segundo o especialista, a conta de energia elétrica poderá aumentar no inverno, pois aumentamos a temperatura (potência) do chuveiro nesse período, além disso, quando estamos em uma temperatura agradável, a tendência é que passemos mais tempo no chuveiro. Outro vilão da conta de energia poderá ser a torneira elétrica que, no inverno, em muitas residências, ultrapassa  o gasto do chuveiro elétrico.
O aquecedor elétrico, por sua vez, tem cerca de 1/3 (33%) do consumo de energia elétrica de uma torneira elétrica e cerca de 1/4 (27%) do consumo de energia elétrica do chuveiro. Porém, o especialista ressalta um fato que é muito importante de se notar no uso do chuveiro e da torneira elétrica: é praticamente impossível ficarmos 4 a 6 horas com estes equipamentos ligados ininterruptamente. O que é extremamente possível com um aquecedor elétrico nos dias mais frios em um uso residencial. Então a frase chave para utilização deste produto é: tempo de utilização.
“Se ficarmos atentos em relação ao uso destes produtos em casa, podemos economizar energia elétrica de forma eficiente, para isto o que temos de ter é informação para decidir como utilizar cada aparelho”, explica Wagner.
Existe alguma forma de substituir o chuveiro elétrico?
De acordo com Wagner, o chuveiro elétrico consome no mínimo o equivalente a 80 lâmpadas ligadas. Para substituir o aparelho em casa, é possível mudar o aquecimento da água do chuveiro elétrico por aquecimento a gás, por exemplo. No entanto, todas as soluções terão um investimento bastante alto, além de uma enorme reforma, caso não tenha todo o encanamento e infraestrutura para inserir esta solução. Porém, a longo prazo, o custo do gás, comparando em números atuais, tende a ser mais baixo, mesmo se considerarmos todo o custo de instalação inicial. Outra alternativa é optar pela instalação de energia elétrica fotovoltaica (energia solar), que também é extremamente compensadora.
“Para quem não tem condições de realizar esse investimento, podemos sugerir a troca do chuveiro comum de 4 temperaturas por um chuveiro com controle eletrônico. Este produto fará com que você não tenha de ajustar a temperatura para baixo com uma maior vazão de água não aquecida, o que acontece muito quando estamos com o chuveiro na posição “Inverno” e abrimos o registro para deixar a temperatura da forma como gostaríamos”, complementa o especialista.
Com essa alteração, o consumo do chuveiro será sempre máximo nos períodos mais frios, o que não vai acontecer com o chuveiro de controle eletrônico, pois neste, poderemos ajustar a temperatura que mais nos agrada sem escalas pré-definidas (4 temperaturas no chuveiro antigo). Ou seja, podemos ajustar uma temperatura ideal sem estar no consumo máximo do chuveiro, que resultaria em custo mensal maior.
Substituição de lâmpada também faz diferença no consumo
Além das modificações no chuveiro, a troca de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes compactas por lâmpadas de LED gera uma economia entre 50% a 90% da energia consumida pela iluminação. Outra opção é colocar sensores de presença nos cômodos da casa, que ligam e desligam a lâmpada automaticamente, para evitar que as pessoas esqueçam a luz acesa, e até mesmo colocar um timer para limitar o tempo de uso do chuveiro.

– Liberação de imprensa

Redação

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