28% dos brasileiros preferem home office por poderem trabalhar em qualquer lugar do mundo
28% dos brasileiros preferem home office pela facilidade de trabalhar em quaisquer empresas do Brasil e do mundo.
Trabalho remoto ampliou os horizontes da empregabilidade, cuja flexibilidade é o fator principal da preferência de boa parte dos seus adeptos.
O trabalho remoto se popularizou de maneira nunca antes vista: cerca de 85% das empresas do país adotaram o modelo home office na pandemia. Desde então, o trabalho remoto ganhou adeptos que não abrem mão das facilidades oferecidas pela modalidade. Segundo pesquisa realizada pelo Vagas.com para software de R&S Vagas For Business, 30,1% dos trabalhadores brasileiros vão dar preferência às vagas no modelo home office, em 2023. O motivo principal? A possibilidade de trabalhar em qualquer empresa do Brasil e do mundo.
Vale ressaltar, entretanto, que o modelo de trabalho favorito no Brasil é o híbrido, com 43,15%. Em último lugar fica o modelo presencial, com 26,84%. E, enquanto a possibilidade de trabalhar para empresas localizadas a milhares de quilômetros de casa lidera (27,55%), à lista de motivos pelos quais muitos preferem o trabalho remoto, outros fatores também se destacam:
• Não precisar se locomover até o trabalho (13,99%);
• Ter mais tempo para cuidar da família (11,76%);
• Ter tempo para outras atividades (11,76%);
• Flexibilizar o tempo de trabalho com atividades domésticas (10,39%);
• Ter mais foco e concentração (9,67%).
Nomadismo digital: estilo de vida feito para o home office
Além do prestígio de atuar em empresas estrangeiras, o regime de trabalho remoto atrai pessoas ao permitir que outros estilos de vida sejam adotados. Neste sentido, destacam-se os nômades digitais: colaboradores que usam a tecnologia para atuar profissionalmente em qualquer lugar do mundo, viajando enquanto trabalham.
De acordo com o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022, da empresa global especializada em migração Fragomen, o estilo de vida dos nômades digitais conta com mais de 35 milhões de adeptos no mundo. Estima-se, entretanto, que ele seja adotado por aproximadamente 1 bilhão de pessoas até 2035.
Com esse advento, evidencia-se também uma nova nomenclatura: o anywhere office (algo como “trabalho em qualquer lugar”), em detrimento do home office (trabalho em casa). Para especialistas como Patrícia Travassos, da CNN Brasil, esse modelo tende a se consolidar ainda mais no futuro.
Atualmente, nômades digitais podem conseguir vistos específicos para esse modelo de trabalho em 23 países, incluindo o Brasil. Por aqui, é necessário que estrangeiros comprovem renda mínima de US$ 1,5 mil por mês ou tenham uma conta bancária com o equivalente a US$ 18 mil.
Segundo a Folha de S.Paulo, pelo menos 300 vistos já foram concedidos a nômades digitais no Brasil entre janeiro e novembro de 2022, com São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina liderando as solicitações de permanência.
Ao portal, o diretor de desenvolvimento de negócios da Golden Gate Global, Fernando Guerreiro, ressalta: “O perfil médio do nômade digital é o de um homem solteiro, branco, de 33 anos, com pelo menos um diploma universitário, que trabalha com softwares e ganha US$ 85 mil por ano. E que fica em média oito meses por ano fora de seu país de origem.”
Além disso, também são favorecidos pelo nomadismo os profissionais conectados ao meio digital, como designers, influenciadores digitais, especialistas em marketing e tecnologia da informação e outros.
Flexibilidade é o futuro
Além de benéfica para funcionários e empregadores, a flexibilidade no trabalho é o futuro, e tem sido uma aposta de cada vez mais empresas internacionais. Ultimamente, vem chamando atenção do mercado de trabalho de 4 dias na semana.
Para entender os benefícios da redução da jornada de trabalho semanal, primeiro é necessário entender seu conceito. A ideia, que nasceu com as mudanças que ocorreram durante a pandemia, gira em torno de uma semana de trabalho com um dia a menos, mas com o mesmo salário e os mesmos benefícios.
Segundo a 4 Day Week Global, fundação internacional sem fins lucrativos de pesquisas acerca do tema, funcionários expressam maior satisfação com sua própria produtividade e performance em uma jornada de trabalho de quatro dias por semana. De acordo com a Euronews.next, a lista de países que já implementaram ou estão testando o modelo conta com Bélgica, Reino Unido, Escócia, País de Gales, Islândia, Suécia, Alemanha, Japão, Espanha, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá.
Além de favorecer o estilo de vida nômade digital, já que dá mais tempo aos funcionários para se deslocarem e aproveitarem diferentes países, a semana de quatro dias beneficia a saúde mental. Segundo o Owl Labs, um teste na Nova Zelândia resultou em funcionários com 27% menos estresse relacionado ao trabalho e 45% mais equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
– Liberação da imprensa