Saiba mais sobre o parque Nacional de Anavilhanas
Na imensidão da floresta amazônica sempre há lugares novos a serem descobertos. O Parque Nacional de Anavilhanas é um desses. O segundo maior arquipélago de águas fluviais do mundo, com mais de 400 ilhas, ainda precisa ser conhecido por boa parte dos brasileiros.
Pensando nisso, o Caminhos da Reportagem, antes da pandemia da covid-19, colocou a mochila nas costas, alugou um barco e foi conhecer toda a beleza do parque, que é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A área verde natural tem 350 mil hectares, divididos entre o município de Novo Airão e a capital amazonense, Manaus. Reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade, o parque tem, entre suas principais atrações, o projeto de visitação aos botos – animais míticos, cercados de lendas.
Lá, conhecemos histórias como a de Marisa Granjeiro que, aos oito anos, começou uma amizade com os botos. “Em vez de eu fugir ou tentar afugentar, que foi ação comum na época pelo fato dele ser um animal lendário, um animal temido, apenas fiquei curiosa pra saber o que ele queria”, relembra Marisa, que hoje é técnica ambiental e responsável por acompanhar os turistas na visitação dos animais.
Outra figura interessante que encontramos é Valmir Borges Monteiro, o Vermelho. Ele é condutor de barcos e guia turístico, nascido na região. E não é exagero quando falamos que sempre há um lugarzinho para ser descoberto na floresta. Nem o próprio Vermelho conhece tudo. “Pra conseguir mostrar tudo, a gente precisaria de um mês. Mas, eu ainda arrisco dizer – não, tenho certeza – que tem algum pedacinho que eu sei onde tá, mas eu nunca fui ainda”, afirma.
Além dessas histórias, o Caminhos vai mostrar as pesquisas que investigam os hábitos migratórios das aves da região e o trabalho realizado com os curiosos peixes elétricos, conhecidos como sarapós. O Rio Negro tem a maior diversidade desses animais, que inspiraram a criação das baterias elétricas, por exemplo. Também vamos discutir as estratégias de desenvolvimento econômico da população que vive no Parque e tem, no turismo e no artesanato, as principais formas de geração de renda garantindo, assim, um equilíbrio entre a sustentabilidade da floresta e o sustento das famílias.